Discrição, medo e vergonha: Uma etnografia da emergência da sensibilidade moderna no urbano contemporâneo brasileiro sob a ótica do luto

Resumo

Este artigo compreende um esforço de crítica científica da obra Ser Discreto: Um estudo do Brasil urbano sob a ótica do luto, de Koury (2001). Trata-se de texto de cunho etnográfico resultado de uma ampla pesquisa em antropologia das emoções sobre a conformação de uma nova cultura emotiva no urbano contemporâneo brasileiro a partir dos anos de 1970. A crítica científica é aqui entendida como um modo de ler o texto etnográfico enquanto um argumento disposto textualmente sobre uma experiência empírica de construção e evaluação de dados. A etnografia aparece como exercício científico de descrição densa e de análise da alteridade (Jacobson, 1991). Um exercício, no entender de Navaro-Yashin (2009), de ruinação de perspectivas teóricas do pesquisador, ao passo que novas possibilidades interpretativas e de compreensão se realizam no fazer etnográfico

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