Resumen
Partindo de algumas chamadas de capa de edições da revista Superinteressante, publicadas nos últimos anos, este trabalho propõe uma reflexão acerca do imaginário edificado sobre a constituição de um “novo humano”, expressão da busca de um ideal de perfeição corporal e potencialmente criado por meio dos recursos da tecnociência, apresentada pela revista como parte de uma inevitabilidade histórica. Para tanto, buscamos rastrear alguns marcos histórico-filosóficos que levaram à construção do imaginário acerca da tecnociência - recorrentemente difundido pela revista em foco - tais como a origem da crença na ciência como fonte de verdade e sua relação com o imaginário industrial no século XIX, além da hegemonia cibernética na contemporaneidade e sua colocação a serviço da busca por um corpo não só saudável e belo, mas acima de tudo eficiente e, senão eterno, ao menos longevo